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15 de agosto: Dia de Nossa Senhora das Vitórias, Padroeira de Ilhéus

Nossa Senhora das Vitórias.
Nossa Senhora das Vitórias.

Com o menino sobre seu colo, sustentando em pé num globo azul de estrelas, a Mulher coroada, de vestes em rosa e azul, titular das Vitórias, é a Consagrada Padroeira de Ilhéus, reverenciada neste 15 de agosto, dia da solenidade Católica da Assunção de Maria ao Céu. A história de devoção à Nossa Senhora das Vitórias, na cidade de Ilhéus, nasce com os eventos que marcaram as primícias da então Capitania de São Jorge.

Neste sábado (16), foi celebrada uma Missa pela manhã com transmissão ao vivo pelas redes sociais, e, nesta tarde, acontece logo mais uma carreata festiva às 16h30 em homenagem à Santa, com saída do largo da Igreja de N. Sra. das Vitórias, no Alto do Teresópolis, com transmissão ao vivo no Youtube, Facebook e Instagram da @paroquiasaojorgeilheus.

Já a Paróquia de N. Sra. das Vitórias, situada no bairro que tem o nome da Padroeira, além de uma novena, preparou uma Festa de homenagem que acontece neste domingo (16), com as regras de distanciamento social, uso de máscaras e de álcool em gel 70%, com a alvorada festiva às 5h, Benção da pedra fundamental para a construção da Igreja de Santa Dulce dos Pobres às 9h, e Missa solene às 9h30. A carreata começará às 11h, com a imagem de Nossa Senhora das Vitórias e a Benção do Santíssimo Sacramento.

História da devoção – De acordo com o Pároco da Paróquia de São Jorge, que rege a Igreja de N. Sra. das Vitórias, e, também, Cura da Catedral de São Sebastião, Padre Paulo Roberto Brandão, popularmente conhecido como Padre Paulinho, a história da devoção à Santa em Ilhéus começa com uma imagem de Nossa Senhora que recebeu o nome de Nossa Senhora das Neves. Mas somente depois das vitórias consecutivas dos colonos sobre os invasores, é que a devoção foi selada.

Após os colonos vencerem os invasores da Capitania de São Jorge dos Ilheos por duas vezes seguidas, sendo a primeira vitória contra os franceses e, a segunda, contra os holandeses, foi fundada uma Capela em honra à Nossa Senhora das Vitórias pelos êxitos alcançados, no início do Brasil colônia, nos idos de 1550. Segundo a história oral dos mais antigos, Nossa Senhora ajudou os colonos da capitania de São Jorge na luta, onde uma mulher de branco os ajudou e os protegeu contra os invasores. A capela foi construída num local próximo e mais abaixo de onde está erguida a atual Igreja de Nossa Senhora das Vitórias, no Alto do Teresópolis.

A segunda Igreja de Nossa Senhora das Vitórias foi construída por volta do ano de 1595 no estilo colonial, que após incêndio no final do século XIX, em 1887, foi reformada em 1905 pelo coronel Domingos Fernandes da Silva no estilo neogótico, tendo a sua característica original totalmente transformada. Sessenta e cinco anos após, foi reformada sob a coordenação de Maria Catarina Lavigne de Lemos e Cremilda Maltez Bastos, financiada pela comunidade e tendo como principal patrocinador o senhor Jerônimo Ferreira, ocasião em que o estilo colonial foi reincorporado. Em 2001, outra reforma realizada modificou novamente a característica da Igreja de N. Sra. das Vitórias, o segundo patrimônio colonial mais antigo de Ilhéus, depois da Capela de Nossa Senhora de Santana, situada às margens do Rio do Engenho, que é a mais antiga.

Significado – De acordo com o Padre Paulinho, o dia 15 de agosto representa a solenidade da Assunção de Maria, quando é contemplado o Mistério da passagem de Noss Senhora deste mundo para o Paraíso. “Celebramos, poderíamos dizer, a sua ‘Páscoa’. Como o Cristo ressuscitou dos mortos com o seu corpo glorioso e subiu ao Céu, assim a Virgem Santa, a Ele plenamente associada, foi elevada à Glória Celeste com toda a sua pessoa. Ao lado de Jesus, novo Adão, que é a primícia dos ressuscitados (1 Cor 15,20.23), Nossa Senhora, nova Eva, mostra-se como primícia e imagem da Igreja, ‘sinal de esperança certa’ para todos os cristãos na peregrinação terrena (Lumen Gentium, 68). Maria é exemplo e sustento para todos os crentes: encoraja-nos a não desanimar diante das dificuldades e dos problemas inimitáveis de todos os dias. Garante-nos a sua ajuda e recorda-nos que o essencial consiste em buscar e aspirar as ‘coisas do alto, e não as coisas da Terra’ (Cl 3,2), disse Bento XVI”, detalhou o Padre Paulinho.


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