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Sindimed rebate declarações do secretário Fábio Vilas Boas

Presidente do Sindimed-BA.
Presidente do Sindimed-BA.

O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia tomou como surpresa e indignação as postagens do secretário Fábio Villas Boas que, segundo estas, imputam à classe médica o descaso de ter “apenas” 80 inscritos em três dias para um salário oferecido de “até 19 mil reais” e fez uma referência ao Sindimed-BA, que demonstrou, com números baseados nos dados do Cremeb, não faltar médicos na Bahia.

Em primeiro lugar, um verdadeiro gestor, ao perceber uma suposta “baixa adesão” de candidatos a trabalho com vencimentos aparentemente atraentes deveria antes fazer um “mea culpa” antes de agredir ainda mais a dignidade de uma classe sofrida e que está tensionada ao extremo neste momento de incertezas. 

O secretário deveria olhar a retrospectiva de seis anos de gestão onde nunca lutou para dar aumento e nem reposição inflacionária dos médicos da Sesab. Nunca promoveu concurso público, apesar de dez anos sem concurso para médico, e vimos isso acontecer para policiais e professores.

O secretário permitiu que fossem precarizados ainda mais os vínculos por pessoas jurídicas onde atrasos de três a seis meses são a rotina e o calote é frequente. As queixas nos atrasos das aposentadorias é uma realidade recorrente. A Sesab, em 2019, fez uma proposta indecente para contratar médicos por sorteio, sem qualquer segurança de qualidade técnica para a população.

O Sindimed recebeu da Sesab um ofício solicitando ajuda na divulgação deste chamamento no sentido de colaborar com solução dos problemas gerados pela pandemia. No momento, solicitamos à secretaria esclarecimentos acerca do tipo de contrato, número de vagas, se há seguro (pleito nosso desde o início da pandemia), entre outras informações. 

O Sindicato dos Médicos da Bahia declara que não se furtará em ajudar a população no que puder, mas resguarda a defesa da classe médica que é o seu motivo maior de existir como entidade.

Fizemos um levantamento criterioso de médicos inscritos no Cremeb, onde 71,80% destes estão abaixo dos 60 anos. Por outro lado, lembramos que o programa lançado pelo governo federal “Brasil Conta comigo” tem fornecido médicos para regiões longínquas como o Amazonas.

O secretário, ao invés agir como gestor e agregar a categoria neste momento difícil para a população, distorce a realidade e ataca aqueles que estão na linha de frente arriscando suas vidas.

O Sindimed aguarda a resposta do nosso ofício acerca da natureza deste chamamento para, resguardados os interesses da classe, ajudar na arregimentação de médicos para o 

Enfrentamento desta grave pandemia.

Ana Rita de Luna Freire Peixoto 

Presidente do Sindimed-BA


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