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Jerbson Moraes concede entrevista ao FRN e descarta óleo nas praias de Ilhéus

Secretário Jerbson Moraes.
Secretário Jerbson Moraes.

Apos ter vistoriado as praias de Ilhéus, na manhã desse domingo (20) e não localizar manchas de oléo, o Secretário de Meio Ambiente da nossa cidade, Jerbson Moraes, concede entrevista exclusiva para o Site Fábio Roberto Notícias. 

FRN: Como evitar às consequências do Óleo que pode chegar a nossas praias Secretário?

Jerbson Moraes: Para minimizar as consequências dos vazamentos de petróleo e derivados ao meio ambiente, é fundamental investir na prevenção, na preparação e na resposta rápida, com equipes capacitadas e bem treinadas, dispondo de equipamentos e materiais apropriados tanto para conter e recolher as manchas de óleo.

Temos que está capacitado para efetuar as ações de resposta aos cenários acidentais identificados, com recursos humanos e materiais, próprios e de terceiros, visando proteger o meio ambiente e a população. Ações de contenção e recolhimento do óleo vazado, proteção de áreas sensíveis, procedimentos de limpeza das áreas afetadas, e plano de ação para fauna.

FRN: Já existe um plano de Ação Emergencial?

Jerbson Moraes: mais do que um documento, o Plano de ação reúne uma série de informações fundamentais para orientar nossa população sobre o que fazer se esse óleo que invade as praias nordestinas chegar ao nosso litoral, tais como:
• para quem deve comunicar obrigatoriamente,
• qual número de telefone discar,
• o que fazer para recolher o óleo,
• quais recursos estão disponíveis para as ações de resposta,
• quais as características do óleo,
• qual a tendência de deslocamento das manchas de óleo e quais as áreas prioritárias para proteção, conforme características ecológicas e socioeconômicas da região;
• quais procedimentos mais adequados para limpeza das áreas atingidas e para gerenciamento dos resíduos oleosos gerados.

A resposta a acidentes com óleo visa primordialmente proteger a vida humana, reduzir as conseqüências ambientais e tornar eficientes os esforços de contenção, limpeza e remoção. Um procedimento de limpeza é considerado eficiente quando possibilita a remoção do contaminante com mínimos impactos adicionais e quando favorece a recuperação do ambiente no menor tempo possível

FRN: Secretário quais seriam os impactos causados por esse óleo caso chegue ao nosso litoral?

Jerbson Moraes: A zona costeira é formada por um mosaico de ecossistemas de alta relevância ambiental. A transição do ambiente marinho para o terrestre com suas interações é fundamental para a composição da alta diversidade biológica e de ecossistemas, além de conferir-lhe um caráter de fragilidade.

Um acidente como esse, causa enormes impactos sobre a vida marinha, atingindo esferas ecológicas e atividades socioeconômicas, como a pesca e o turismo. Como exemplo relevante pode-se citar o acidente com o petroleiro Exxon Valdez que encalhou no Alasca em 1989 e derramou 41 milhões de litros de óleo no mar, e por ter ocorrido em área abrigada e sensível, com importantes recursos biológicos e atividades de importância socioeconômica, foi considerado um dos piores eventos da história. No Brasil, o evento que marcou a história dos acidentes nacionais, segundo panorama geral da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, foi o ocorrido na Baía de Guanabara – RJ, em janeiro de 2000, em que o rompimento de um oleoduto ocasionou o vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo, contaminando extensas áreas de praias, costões rochosos, manguezais, ilhas, pontos turísticos e materiais de pesca (CETESB, 2011). Vale ainda mencionar o acidente provocado pela explosão da plataforma “Deepwater Horizon”, da petrolífera britânica “British Petroleum” em 2010, que derramou, aproximadamente, 4,4 milhões de barris de petróleo (equivalente a 700 milhões de litros de óleo) no Golfo do México, constituindo-se num dos maiores acidentes ambientais do qual se tem registro na história da indústria petrolífera.

FRN: Qual a origem desse Óleo Secretário?

Jerbson Moraes: Ainda não se sabe exatamente qual a origem do petróleo. A analise do óleo, realizada pela Petrobras, Marinha e universidades do Nordeste, indica que o material é de origem venezuelana, o que, na prática, não quer dizer que a Venezuela tenha ligação direta com o vazamento.

FRN: Qual a próxima ação da SEMDE (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Meio Ambiente e Urbanismo)?

Jerbson Moraes: teremos uma reunião no dia 21 de outubro (segunda-feira), às 16hs, no auditório do Palácio Paranaguá, no centro, primeiro andar, para tratar exclusivamente sobre a possível chegada de vazamento de petróleo em nosso litoral. Vamos ter cuidado com as fakes news, o impacto dessas noticias falsas para a região é muito sério. Por mais bem intencionados que sejam, as pessoas que presenciarem fragmentos nas praias devem aguardar a analise, existe possibilidade de não haver relação entre os fatos.

FRN: Durante a verificação da equipe técnica, houve algum vestígio de óleo nas praias visitadas? E qual a sua recomendação aos banhistas?

Jerbson Moraes: Felizmente, não há registros de óleo. As praias estão preservadas. Os turistas e demais pessoas que gostam do mergulho no litoral ilheense, podem ficar tranquilos.


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