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Frente Parlamentar em Defesa à Mulher promove 2º encontro na Câmara de Ilhéus

Frente parlamentar Câmara Ios.
Frente parlamentar Câmara Ios.

A Frente Parlamentar Municipal em Defesa de Políticas Públicas para as Mulheres e Pelo Enfrentamento à Violência Doméstica, instituída na Câmara de Vereadores de Ilhéus este ano, vem ganhando força e cada vez mais participantes. Na tarde da última terça-feira, dia 04, ocorreu a segunda reunião da Frente no plenário da Câmara, que esteve lotado para discutir pautas que nortearão novas políticas públicas a serem apresentadas pela comissão formada pelos vereadores Makrisi Angeli, Pastor Matos e Ivo Evangelista.

Representantes de diversos segmentos ligados à luta aos direitos da mulher se fizeram presentes nesse segundo encontro, marcado para acontecer sempre nas primeiras terças-feiras de cada mês no plenário da Câmara. Secretaria Municipal de Saúde, Defensoria Pública, Univeridade Estadual de Santa Cruz (UESC), Cáritas Diocesana, Renafro, Centro de Referência da Assistência Social (Cras), Centro de Referência ao Atendimento à Mulher (CRAM), Associação de Mulheres Ambientalistas Rurais (AMAR), entre outros grupos da sociedade civil organizada participaram da reunião.

O segundo encontro foi aberto com a apresentação de dados de 2018 de alguns Cras estabelecidos no município pela advogada do CRAM, Graziela Bandeira Campos, que falou ainda sobre os tipos de violência contra a mulher mais registrados nesses espaços. “Todos os dados são pautados na Lei Maria da Penha e trazem a violência doméstica encabeçando a lista de outras violências, a exemplo da familiar, obstétrica, entre outras. Porém sabemos que existe uma demanda reprimida que torna a situação ainda mais delicada”, afirmou a advogada.

O presidente da Frente Parlamentar, o vereador Makrisi Angeli acrescentou ainda que é necessário melhorar as condições físicas e de atendimento ao público na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. “Somente no ano passado foram registrados 399 casos de violência física contra a mulher na Delegacia da Mulher em Ilhéus e sabemos que esses números são ainda maiores por conta da demanda reprimida, que envolve uma série de fatores, entre eles a falta de mais ações de sensibilização sobre a importância de denunciar os agressores”, afirmou.

Ainda de acordo com os dados da DEAM no ano passado, também foram registrados um feminicídio, 21 casos de assédio sexual e 3 de exploração sexual. A Coordenadora Municipal de Saúde da Mulher Rosilma Oliveira também aproveitou o espaço para falar sobre como funciona a estrutura de atendimento à mulher nos 36 postos de saúde do município. Entretanto, ela ressaltou que ainda é grande o número de mulheres que não vão ate o posto receber atendimento, após uma agressão. “Muitas ainda ficam com receio e por isso sabemos do grande desafio que é fazer esse diagnóstico para podermos encaminhá-las da melhor forma possível”.

Ainda na reunião, as participantes propuseram que seja feito um diagnóstico atualizado sobre o perfil sócio econômico das mulheres de Ilhéus, como forma de ampliar a discussão sobre suas principais demandas e quais as principais violências sofridas. “Estamos dando um importante passo para a criação de políticas públicas efetivas de proteção às mulheres e de enfrentamento às diversas formas de violência que elas sofrem todos os dias”, afirmou o vereador Ivo Evangelista.


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