De dezembro de 2017 a novembro de 2018, o MPF ajuizou 213 ações contra atos de corrupção no estado da Bahia, sendo 251 civis e 120 penais. Durante o mesmo período, a pedido do órgão, a Justiça Federal já proferiu 90 sentenças condenatórias no curso de ações que incluem atos de improbidade administrativa, crimes praticados contra a administração pública, crimes de responsabilidade de prefeitos e de vereadores e irregularidades em processos licitatórios.
Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Corrupção, 9 de dezembro, o MPF apresenta amostra da atuação do órgão nessa área no último ano. Dentre as atuações de 2018, o MPF-BA destaca operações nas cidades de Ilhéus e Buerarema.
A Justiça Federal determinou, em janeiro e abril deste ano, o bloqueio de bens em até R$ 12,3 milhões de doze réus, incluindo dois deputados estaduais, dentre eles a deputada estadual Ângela Sousa (PSD), dois ex-prefeitos e outros agentes públicos, envolvidos em fraudes a licitações e desvio de recursos do Fundeb no município de Buerarema.
A ação foi originada a partir das investigações na Operação Águia de Haia e está relacionada a um pregão, realizado em 2011, para contratação de serviços educacionais voltados à implantação e utilização de tecnologias de informação para a Secretaria de Educação e unidades escolares do município.
Já em Ilhéus, o MPF ajuizou ação de improbidade contra a presidente e o tesoureiro da ONG Associação do Núcleo da Mulher pelos crimes de peculato e uso de documento ideologicamente falso. De acordo com a ação, ajuizada em fevereiro, os dois teriam desviado R$ 1,4 milhão por meio de dois termos de parceria celebrados, entre 2008 e 2011, com o Ministério do Turismo (Mtur).