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Gusmão se posiciona a favor dos moradores do Jardim Atlântico

Marão precisa ficar atento.
Marão precisa ficar atento.

Nossa reportagem foi procurada por moradores do loteamento Jardim Atlântico para denunciar a tentativa e impedir a doação, pela Prefeitura, de uma extensa área verde situada no bairro, localizado na zona sul. A indignação, já resultou na criação do movimento “Área Verde, SIM!” que conta com a adesão da população por meio de um abaixo-assinado, se deve ao fato de ser uma área destinada ao lazer, que recebe cuidados dos moradores,  funcionando como única praça no local.

O “Área verde, SIM!” conta com apoio do Instituto Nossa Ilhéus (INI) e atua no sentido de exercer o direito à cidade, especialmente, por ser uma área predominantemente residencial. A ação do poder público aconteceu sem qualquer diálogo com a comunidade, que foi surpreendida com a notícia em blogs da cidade sobre a construção das edificações.

O INI e comunidade querem explicações do porquê da escolha dessa área, o qual segundo os mesmos, não teve consulta popular. Um abaixo-assinado já conta com a adesão de aproximadamente mil assinantes até o momento, entre cidadãos e entidades ilheenses e pode ser acessados no link: https://goo.gl/RX92yR.

Na descrição, os moradores alegam que recentemente, prepostos do governo municipal informaram que fariam campos de futebol de areia e quadras poliesportivas na área, justificando a retirada indiscriminada de árvores e de areia, o que modificou parte da paisagem existente. Para a rearborização, foram doadas pelo INI mudas de Ipê, Pitanga, Aroeira e Jatobá, do viveiro do Instituto Floresta Viva, bem como de moradores que doaram outras espécies do bioma Mata Atlântica.

O movimento “Área Verde, SIM!” lembra que o Art. 105 da Lei Orgânica do Município de Ilhéus é claro ao expressar que “não podem ser alienados os bens públicos de uso comum, bem como os de uso especial, enquanto guardarem esta destinação, salvo, quando não mais ocorrer a utilização específica, o que não é o caso da área.”- pontuou um morador.

Lideranças do movimento estiveram no dia de ontem na reunião mensal do Conselho de Meio Ambiente – CONDEMA onde expuseram a situação aos conselheiros. Na oportunidade o presidente do Conselho e Superintendente de Meio Ambiente da prefeitura, Sr. Emílio Gusmão, declarou que está aguardando um posicionamento oficial do setor competente da prefeitura para tomar uma posição, vez que existe, segundo ele, dúvida se trata de uma área verde ou área institucional. Porém, Gusmão já adiantou perante todos os presentes que será contra a construção do Fórum naquele local se for confirmado que se trata de área verde.

Comentário do Blog: Mais uma vez o superintendente Emílio Gusmão entra em choque com o prefeito. Em que pese o aparente desprendimento e espírito público, fica clara a incompatibilidade do ocupante do cargo de confiança com as diretrizes do governo. Recentemente Gusmão se recusou a visitar o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), nas proximidades da Vila Juerana, somente porque é uma iniciativa da Bamin. Atitude desastrosa, pois o Porto Sul é uma conquista dos ilheenses, e o superintendente do Meio Ambiente não tem o direito de boicotar o empreendimento somente porque é contra sua implantação.


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