Fábio Roberto Notícias // Ilhéus . Bahia

A tradição de golpes e o perigo da juventude sem memória

Marcos Vinicius Vieira Reis

marcoPrecisamos ter cuidado com a preservação de tradições. Principalmente as que trazem prejuízos à vida, a liberdade.

No início dos anos sessenta a história do Brasil nos relata um presidente popular de apelido Jango que com pautas à esquerda fora derrubado por meio de golpe civil-militar. Ter pautas de esquerda é ter um conjunto de ideais avançados, progressistas que se visa, a justiça social e defesa de direitos e liberdades.

Os protestos no Brasil em 2013, conhecidos como manifestações dos vinte centavos, manifestações/jornadas de junho que surgiram nas principais capitais e posteriormente essas manifestações populares tomaram a totalidade das regiões do país, tinham como principal tema e lema impugnar os aumentos nas tarifas de transporte coletivo e público. Para muitos jovens iguais aos do movimento Reúne Ilhéus no sul da Bahia, foi sua inédita participação direta nas decisões políticas.

De lá para cá muitas coisas em nosso país mudou e vem mudando. Em todas as esquinas, locais de trabalho e colégios, debates e discussões políticas são visíveis e audíveis.

A mais atual é a relação do Ex-presidente Luis Inácio Lula com os denunciados da operação lava Jato.

No próprio site do Ministério Público Federal é de fácil acesso documentos e informações da maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve e consta que além do PT de carmelita e o PP de Jabes, também o PMDB de Eduardo Cunha participou do esquema de desvios de recursos da nossa empresa pública, a Petrobrás. Ou seja, há uma seletividade midiático-jurídico.

As instituições em nosso país precisa sim renovar as práticas políticas e expurgar péssimos agentes públicos, mas de forma coerente e democrática. Querer se aproveitar da pouca memória juvenil é no mínimo uma estupidez irresponsável. A guinada de mudanças que vem ocorrendo é sem dúvida, reflexo das jornadas de junho e dos movimentos nas ruas.

Esta dada à nossa juventude (que entendeu em dois mil e treze que só a luta muda a vida e as ruas são nossos campos de batalhas), a missão novamente. Discernir para não ser massa de manobra, Entender a política em curso para saber quais pautas é de fato para beneficio do povo e disposição para organizar um movimento nacional que renove a prática política em nosso país.

* Marcos Vinicius Vieira Reis é membro da Frente Ampla de Estudantes, graduando em história pela Universidade Estadual de Santa Cruz e tem formação em Ciência Políticas pela USP.


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